Queres fazer o enxoval do teu bebé mas não sabes por onde começar? Segue estas 5 dicas de ouro

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Aqui estão cinco dicas úteis que te poderão ajudar a iniciar este processo

Antes de mais, é importante teres em atenção que não existe a “lista perfeita de enxoval”. Não existem respostas certas e erradas, tudo dependerá da vossa realidade e dinâmica familiar. Um determinado artigo pode ser imprescindível para uma família e absolutamente desnecessário e fútil, para outra.

Como tal, não coloques muita pressão em comprar tudo o que vem nas listas pré-feitas de enxoval. Bem sei que navegar neste processo pode ser um trabalho complexo e confuso, no meio de tantas opções que o mercado atualmente oferece, mas o fundamental é centrares a tua atenção na vossa realidade.

Sei que queres que seja tudo perfeito e nada falte (como eu própria também quis), mas não existem soluções one-size-fits-all neste tema (e na verdade em quase nada na maternidade e na vida).

1. Analisa a tua situação e estilo de vida

Este deve ser o teu ponto de partida. Qualquer serviço de Baby Planner começa sempre por um levantamento e análise da dinâmica familiar e estilo de vida. Como tal, para saberes o que precisas para o teu enxoval é importante que faças esta análise em primeiro lugar.

  • Situação habitacional

Vives numa moradia ou apartamento? Tem escadas para o acesso à porta principal? E escadas interiores? É uma casa espaçosa ou muito pequena? Tem espaço exterior? E garagem? Vives num quarteirão com bons passeios pedonais? Ou é praticamente impossível passear com carrinho de bebé no vossa zona?

  • Carro

Tens viatura própria? Que tipo de carro é? Viajas muito de carro ou apenas para pequenas deslocações dentro da cidade e pouco mais?

  • Viagens

Gostas de viajar? Tencionas viajar muito com o bebé? Apenas em território nacional ou também para fora do país?

  • Estilo de vida

Gostas de sair com amigos, passear na marginal, ou preferes ficar por casa?

Este tipo de questões são fundamentais para direcionares corretamente a tua pesquisa e seleção de produtos, de forma assertiva.

Por isso, não dês demasiada importância às listas standard disponibilizadas em tantos lugares online e nas redes sociais. Apenas poderão ser úteis como linhas orientadoras e nunca como checklist de itens que tens de comprar.

2. Faz a tua própria pesquisa

Só porque tens uma amiga que adora a poltrona gigante ou o ginásio que comprou para o seu bebé, e que fica incrível no decor do quarto grande que tem para o seu filho, não significa que tens ou precisas de enfiar uma poltrona ou ginásio desses no teu T1. Os equipamentos para bebés não servem para todas as famílias por igual. Pelo contrário, é muito provável que produtos alternativos funcionem melhor com o teu estilo de vida.

Mas e como posso saber se o carrinho que a minha amiga comprou e usa imenso funcionará para a minha família?

Pesquisa online, lê comentários, investe algum tempo nessa pesquisa, principalmente nos itens mais dispendiosos e, se tiveres disponibilidade, vai mesmo visitar uma ou outra loja de puericultura, fala com o assistente de cliente, tira as dúvidas que tens, pede a sua opinião e testa mesmo alguns dos produtos que te estão a parecer mais interessantes.

Se tiveres disponibilidade financeira, e não tiveres muito tempo disponível ou não estás muito motivada para avançar com essa análise, podes também sempre procurar ajuda junto de uma Baby Planner. Normalmente existem vários tipos de packs, uns mais simples e económicos e outros mais completos e dispendiosos. Hoje em dia existem já várias profissionais no mercado que disponibilizam este tipo de serviços. No entanto, é um esforço financeiro extra que podes perfeitamente evitar, com algum tempo e dedicação.

Depois de fechares uma shortlist, procura vários fornecedores e locais de venda (física e ou online) e faz um comparativo de preços. Isto permitir-te-á comprar os produtos certos para ti, ao melhor preço. Evita compras por impulso! Quase nunca dá bom resultado. Até podes comprar o produto ideal, mas é bem provável que pagues muito mais por não analisares com calma onde e quando será o momento ideal para comprar ao melhor preço.

3. Tem em conta o clima

Quando estiveres a planear e a calcular as necessidades das roupinhas que precisas de comprar, deves ter em linha de conta a estação em que o bebé vai nascer e que idade terá quando a estação mudar. Ou seja, assumindo que nasce no Outono, vamos precisar de comprar roupas mais quentes com tamanho até 6M e roupas mais frescas de tamanho 6M-12M.

Esta lógica deve funcionar para todos os outros itens. Pensa nas atividades que estás a planear fazer ao ar livre nos primeiros meses. Se nascer no Inverno, provavelmente essas atividades serão mais residuais mas ainda assim podes querer dar algumas caminhadas com o teu bebé e talvez prefiras levar o carrinho com capa de chuva, onde podes aconchegar e proteger melhor o teu bebé da chuva, em vez de uma mochila porta-bebés. Tenta ser racional e planear com antecedência.

4. Não limites a tua lista aos artigos de puericultura e decoração do quarto

Muitos casais focam toda a sua atenção nos artigos de puericultura e na decoração do quartinho do bebé. É importante que penses para além disso.

Estou a pensar em coisas como aulas de preparação para o parto (em Portugal, podes conseguir gratuitamente através do Sistema Nacional de Saúde), sessões de fisioterapia pélvica antes e depois do parto, programa de recuperação física pós-parto, visita de uma doula de pós-parto, consulta de amamentação ou contratação de um serviço de limpeza doméstica são apenas alguns exemplos.

Garanto-te que este tipo de serviços serão tão ou mais importantes que qualquer equipamento que possas comprar.

5. Investe em itens que sejam verdadeiramente importantes e essenciais

A relevância de cada produto tem sempre uma componente subjectiva, como mencionei acima. Há, no entanto, um artigo que pela sua natureza terá forçosamente de ser um item essencial, obrigatório e muito importante para todas as famílias: a cadeira auto.

Os acidentes rodoviários são a principal causa de morte e incapacidade temporária ou definitiva em crianças e jovens, em Portugal. Por lei, a criança deve ser sempre transportada no automóvel com um sistema de retenção (cadeiras) devidamente ajustado ao peso e à idade da criança. A primeira viagem do recém-nascido em automóvel não é exceção, motivo pelo qual é fundamental sair da maternidade já numa cadeira apropriada (baby coque ou ovo). Só por este motivo já teria de ser um item obrigatório em todas as listas de enxoval. Mas os motivos da sua relevância vão além desse fator.

Independentemente das questões de legislação, queremos garantir que o nosso bebé viaja com as máximas condições de segurança. Como tal, se há algum artigo que merece o nosso investimento de tempo, na procura das melhores soluções, e investimento financeiro, para não limitar a seleção a artigos mais duvidosos, será a cadeira auto!

O meu conselho aqui é: investe numa boa cadeira auto sem colocar grande restrição orçamental, e opta por economizar nos outros artigos, que podes comprar em segunda mão, pedir emprestado ou mesmo optar por comprar marcas mais económicas.

Agora que já tens a base, podes já começar a listar as tuas reais necessidades!

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